Apesar da crise financeira no Brasil, as perspectivas para a agricultura em 2017 são boas. A atividade deve continuar seguindo na contramão do Produto Interno Bruto (PIB) que em 2015 apresenta saldo negativo de 3,8, e este ano, conforme FMI, deve fechar com queda de 3,3%. Em 2015 a agricultura apontou crescimento de 1,8%.
Essa perspectiva vem aliada a questão da alta da produtividade procurada pelo país, e pelo mundo. Maior produtividade e preservação, com a menor utilização de insumos químicos e água. A equação ainda parece não fechar, mas com as novidades em pesquisas e tecnologias busca-se igualar esta conta.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê melhorias para a agricultura em 2017. Para isso, já adiantou que as condições climáticas do próximo ano serão mais amenas para o processo produtivo. A previsão é que a produção de grãos ultrapasse a marca dos 200 milhões de toneladas no Brasil na safra 2016/2017.
Divulgado no início do mês de outubro, o levantamento da Conab aponta uma melhora de mais de 15%, passando de 186 para os quase 215 milhões previstos.
Projeção da agricultura em 2017
O levantamento e as boas perspectivas para a agricultura em 2017 se devem, em grande parte, pelo aumento da produtividade de culturas e expectativa de aumento do uso da terra para as principais safras.
Até 2024, o uso das terras para as principais safras deve chegar a 69,4% mil hectares. O que representa um aumento de 1,5% ao ano para a produção de oleaginosas, grãos brutos, arroz, trigo, cana de açúcar e arroz.
Já o aumento da produtividade brasileira vem observando crescimento desde 1990. Naquela época, para alavancar o crescimento, mudanças econômicas foram feitas – como a ampliação do comércio e a abertura da taxa cambial e do mercado interno.
Para que a projeção da Conab da agricultura em 2017 fosse ainda maior, a atitude tomada em 1990 poderia se repetir. Já que a situação econômica do país ao invés de melhorar prejudica os índices, devido aos altos impostos, fraca infraestrutura e muita burocracia.
Aumento das exportações
Maior produtividade significa mais produtos para a exportação. Especialistas apontam que hoje o Brasil não exporta mais porque não tem produção suficiente para isso. Mais exportação também encontrará reflexo no Valor Bruto de Produção (VBP), que será maior.
Inflação menor
Considerados grandes vilões da inflação, os alimentos, como arroz e feijão, não seriam os maiores causadores do aumento da inflação. Com maior produção e disponibilidade, os principais produtos da mesa do brasileiro estariam a salvo, e com menor preço.
No primeiro semestre de 2016, os dois produtos tiveram quebra de safra, o que prejudicou os índices. A projeção da Conab aponta produção maior em 21,4%.
A busca pelo fim do desperdício
Não podemos falar do fim do desperdício, mas sim de sua busca. Hoje um terço do que é produzido é desperdiçado. Isso amarga qualquer expectativa para a agricultura em 2017 ou em 2050. Se os índices continuarem neste ritmo, quanto maior a produtividade, maior o desperdício de alimentos.
Como estamos falando de perspectivas para a agricultura em 2017, temos que colocar este assunto em pauta, e discutir as possibilidades de diminuir o desperdício.
Consumo e produções sustentáveis
Nunca se falou tanto em Consumo sustentável. Na alimentação, os principais produtos consumidos nessa onda verde são provenientes da agricultura. Atividade que está acompanhando a revolução através de práticas sustentáveis.
A agricultura em 2017 deve continuar investindo nas práticas que não alteram negativamente o solo e o meio ambiente. Para isso a inovação e as novas tecnologias tendem a ser aliadas. Além disso, o consumo sustentável fortalece a agricultura familiar, tão importante no complemento da atividade agrícola.
E então, sua produção vai ao encontro das boas perspectivas para a agricultura em 2017? Deixe seu comentário.